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Sinopsis
Porque nunca são demais, esta colheita de poemas propõe abrir mais uma porta, ou janela, se preferirem, para a poesia. Um pequeno contributo para que, de facto, possamos ir ao encontro de uma realidade ainda um pouco distante, ou seja, uma verdadeira diversidade na oferta deste género, pois se as boas antologias de poesia portuguesa para infância são raras e, por vezes, pouco diversas em conteúdo, o que dizer da praticamente inexistente tradução de poesia estrangeira. Eis a razão pela qual decidimos começar a nossa incursão pela poesia desta forma, traduzindo alguns poemas intemporais de paragens tão distantes como Cuba, Canadá, Argentina, E.U.A, Venezuela, e autores como Maria Elena Walsh, David Chericián, Javier Villafañe, entre outros, que pela primeira vez são traduzidos para português. Por outro lado, quisemos textos que celebrassem a palavra e o riso em tempos de verborreia e siso, poemas que pedem uma leitura em voz alta, onde voz e corpo se fundem para jogar com as palavras. Textos que convocam o lúdico numa linguagem de perguntas e não de respostas, mas acima de tudo, poemas sem idade que arremessassem humor e absurdo contra lindas palavras ocas que tanto contribuem para o preconceito face à poesia e a transformam numa "criança amuada".