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Sinopsis
De Nordeste a Noroeste, caminhos que vão dar às «Meninas de Castro Laboreiro», à «História do soldado José Jorge» ou ao Monte Evereste de Lanhoso. Depois, as «Terras baixas, vizinhas do mar». Encontramos nelas «Um Castelo para Hamlet», e descobre-se que nem todas as ruínas são romanas. Viaja-se ainda pelas «brandas beiras de pedra», com as «novas tentações do demónio» e «o fantasma de José Júnior». Um convite, entretanto, a parar em todo o lado, entre Mondego e Sado, para observar «artes da água e do fogo» ou as chaminés e laranjais. E um passeio pela «grande e ardente terra de Alentejo». Aí, «a noite em que o mundo começou»; aí, «uma flor da rosa»; aí, onde «é proíbido destruir os ninhos». E mais o sol, o pão seco e o pão mole do Algarve, com «o português tal qual se fala». «Pelos caminhos de Portugal / Eu vi tantas coisas lindas vi o mundo sem igual», canta o cancioneiro popular, e assim faz Saramago, com a diferença essencial que a qualidade da sua escrita está bastantes furos acima. Uma viagem, se não pelo Portugal profundo, pelo menos por uma forma profunda de ver Portugal.»